O "copinho coletor" é um método alternativo de contenção da menstruação. As entrevistadas declaram amor por ele. |
Se
no início do século XX, as “toalhinhas” de tecido eram o método mais eficaz
para as mulheres conterem o sangue proveniente da menstruação, hoje o cenário é
diferente e as opções de absorventes, encontrados nas prateleiras de
supermercados e farmácias, são diversos. Entretanto, mesmo com uma infinidade
de modelos e formatos disponíveis, nem todas as mulheres se adequam a eles, o
que facilita que soluções alternativas se popularizem e ganhem cada vez mais
adeptas, como é o caso do (quase famoso) coletor menstrual.
Apesar
de parecer novidade para muitas mulheres, o coletor menstrual surgiu na década
de 1930, mas só agora é que vem conquistando muitas mulheres, por causa da sua
praticidade, sua economia e, sobretudo, seu apelo ecológico. Uma vez que, ao
contrário dos absorventes, ele é reutilizável, com uma validade média de 3 anos;
não oferece riscos de vazamentos; além de ser antialérgico e anatômico, pois é de
silicone cirúrgico. Disponível em várias cores e em dois tamanhos, A e B, um indicado para mulher que já teve filhos e o outro para quem tem menos de 30 anos, respectivamente. Ambos são discretos, podendo ser usado até mesmo durante a prática de
exercícios com movimentos intensos.
Para
a vendedora Jordana Barros, houve um receio inicial, antes de apostar no
uso. Ela pesquisou, por mais de um ano, informações sobre o uso do coletor, e só em seguida
investiu no que considera a melhor alternativa já experimentada, pois sofria com
severas alergias aos absorventes tradicionais e só podia usar o absorvente interno,
o que sempre foi um incômodo. Primeiro, pelo desconforto, e, depois, pelo preço.
“Eu só podia usar o absorvente interno, mas não curtia 100%, era incômodo, e eu
ainda tenho sobrepeso. Como os internos são colocados ‘bem profundos’ ainda
tinha a dificuldade para colocar. Comecei a pesquisar outros métodos
alternativos; descobri o coletor”, conta. “Foi amor ao primeiro uso, sem
desconfortos, sem vazamentos, sem alergias, achei que era a melhor coisa do
mundo. Achei tão lindo que quis que todo mundo que eu conhecia usasse. Aí,
convenci irmãs e cunhadas a usarem também", continua Jordana.
O
entusiasmo com coletor foi tanto que Jordana se tornou até revendedora e
especialista sobre o produto, após sua experiência positiva com o mesmo: “Resolvi
revender, o retorno é bom. Geralmente, vendo todos só por indicação da clientes”.
Sobre as contraindicações, ela afirma não haver muitas. Garante que “todas
podem usar”. Mas, alerta: “as meninas virgens, precisam ter cuidado. Por falta
de instrução, pode acontecer de romperem o hímen”.
Sobre
as dificuldades de usar o coletor, a acadêmica Vanessa de Paula ressalta que o
problema é a falta de conhecimento. “A gente não conhece o próprio corpo. Somos
ensinadas a não tocar no próprio corpo. No começo, me sentia mal por precisar
colocar isso”, comenta.
Já
para a estudante de jornalismo Edigeny Soares, usuária do coletor há um ano,
o copinho é eficaz e prático. "De início, estranhei, mas logo me adaptei,
porque ele é de silicone e se molda ao corpo. Dá nem pra sentir”. Para ela, há vantagens
que devem ser consideradas:“É antialérgico! Para dormir, tomar banho de piscina
e treinar é uma maravilha, porque ele não impede de fazer qualquer tipo de
movimento, nem vaza nada, porque ele fica preso a vácuo”.
Essa matéria foi produzida por sugestão de leitoras, e você? Tem algum assunto pertinente ao universo feminino que gostaria de ler aqui? Comente, sua pauta pode virar matéria. :)
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