O copinho coletor

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O "copinho coletor" é um método alternativo de contenção da menstruação. As entrevistadas declaram amor por ele. 

Se no início do século XX, as “toalhinhas” de tecido eram o método mais eficaz para as mulheres conterem o sangue proveniente da menstruação, hoje o cenário é diferente e as opções de absorventes, encontrados nas prateleiras de supermercados e farmácias, são diversos. Entretanto, mesmo com uma infinidade de modelos e formatos disponíveis, nem todas as mulheres se adequam a eles, o que facilita que soluções alternativas se popularizem e ganhem cada vez mais adeptas, como é o caso do (quase famoso) coletor menstrual.

Apesar de parecer novidade para muitas mulheres, o coletor menstrual surgiu na década de 1930, mas só agora é que vem conquistando muitas mulheres, por causa da sua praticidade, sua economia e, sobretudo, seu apelo ecológico. Uma vez que, ao contrário dos absorventes, ele é reutilizável, com uma validade média de 3 anos; não oferece riscos de vazamentos; além de ser antialérgico e anatômico, pois é de silicone cirúrgico. Disponível em várias cores e em dois tamanhos, A e B, um indicado para mulher que já teve filhos e o outro para quem tem menos de 30 anos, respectivamente. Ambos são discretos, podendo ser usado até mesmo durante a prática de exercícios com movimentos intensos.

Para a vendedora Jordana Barros, houve um receio inicial, antes de apostar no uso. Ela pesquisou, por mais de um ano, informações sobre o uso do coletor, e só em seguida investiu no que considera a melhor alternativa já experimentada, pois sofria com severas alergias aos absorventes tradicionais e só podia usar o absorvente interno, o que sempre foi um incômodo. Primeiro, pelo desconforto, e, depois, pelo preço. “Eu só podia usar o absorvente interno, mas não curtia 100%, era incômodo, e eu ainda tenho sobrepeso. Como os internos são colocados ‘bem profundos’ ainda tinha a dificuldade para colocar. Comecei a pesquisar outros métodos alternativos; descobri o coletor”, conta. “Foi amor ao primeiro uso, sem desconfortos, sem vazamentos, sem alergias, achei que era a melhor coisa do mundo. Achei tão lindo que quis que todo mundo que eu conhecia usasse. Aí, convenci irmãs e cunhadas a usarem também", continua Jordana.

O entusiasmo com coletor foi tanto que Jordana se tornou até revendedora e especialista sobre o produto, após sua experiência positiva com o mesmo: “Resolvi revender, o retorno é bom. Geralmente, vendo todos só por indicação da clientes”. Sobre as contraindicações, ela afirma não haver muitas. Garante que “todas podem usar”. Mas, alerta: “as meninas virgens, precisam ter cuidado. Por falta de instrução, pode acontecer de romperem o hímen”.

Sobre as dificuldades de usar o coletor, a acadêmica Vanessa de Paula ressalta que o problema é a falta de conhecimento. “A gente não conhece o próprio corpo. Somos ensinadas a não tocar no próprio corpo. No começo, me sentia mal por precisar colocar isso”, comenta.

Já para a estudante de jornalismo Edigeny Soares, usuária do coletor há um ano, o copinho é eficaz e prático. "De início, estranhei, mas logo me adaptei, porque ele é de silicone e se molda ao corpo. Dá nem pra sentir”. Para ela, há vantagens que devem ser consideradas:“É antialérgico! Para dormir, tomar banho de piscina e treinar é uma maravilha, porque ele não impede de fazer qualquer tipo de movimento, nem vaza nada, porque ele fica preso a vácuo”.

Essa matéria foi produzida por sugestão de leitoras, e você? Tem algum assunto pertinente ao universo feminino que gostaria de ler aqui? Comente, sua pauta pode virar matéria. :)

Nenhum comentário

Postar um comentário

 
Desenvolvido por Michelly Melo + Rebeca Jeniffer.